Descrição
Estado de conservação: 9/10A Sonus faber, prestigiada marca italiana de colunas, lançou recentemente as colunas Cremona M, umas novas colunas da famosa série Cremona já disponíveis para audição.
O projecto Cremona M, onde o “M” significa “modificato” (modificado), representa, como é fácil de intuir, o desejo da Sonus faber de transferir para a coluna Cremona original, todas as novas tecnologias implantadas no recente projecto Elipsa.
Alterar as Cremona, uma coluna que nos últimos anos obteve um sucesso notável entre a crítica e o público, e que representa, um dos ícones da imagem da Sonus faber no mundo, poderia tornar-se uma tarefa “tremenda”. Contudo, os óptimos resultados obtidos com as Elipsa estavam já a sugerir que melhorar o desempenho das Cremona era uma meta a seguir, e a vontade em melhorar estas levou ao desenvolvimento das Cremona M.
Do ponto de vista estritamente estético, distinguir as Cremona da Cremona M resulta numa tarefa árdua para quem não for muito observador. Poucas mas significativas foram as novas “pinceladas” e consistem essencialmente num perfil mais suave do painel posterior, numa adaptação das roscas dos pés às novas silhuetas típicas da linha Homage e das Elipsa, na pele de melhor qualidade para o revestimento do painel frontal, bem como, finalmente, na implementação de um sistema de barras de suporte mais sólido e eficaz.
Quanto à substância, contudo, a diferença entre a Cremona e a Cremona M torna este “M” num sufixo semanticamente quase redutor; o que queremos dizer é que a Cremona M não significa uma simples actualização, mas uma coluna completamente renovada cujo desenvolvimento exigiu todo o cuidado e toda a atenção que sempre colocamos no projecto de um novo produto.
O elemento de continuidade, ou se se preferir, o mínimo denominador comum entre “as duas Cremona” é certamente representado pela forma e dimensões externas da caixa em forma de alaúde, cujos benefícios efectivos quanto à “sintonia” das ressonâncias internas são há muito conhecidos. Somente a isto se reduzem as semelhanças. Nas Cremona M a estrutura interna, os elementos de reforço e a câmara acústica foram completamente redesenhados, seguindo o princípio da máxima sinergia com os altifalantes utilizados. Desta forma, foram maximizados parâmetros como o detalhe, a velocidade, o controlo e a precisão na restituição da mensagem com toda a vantagem da transparência e do realismo da reprodução musical.
Por outro lado, quanto à operação crucial da escolha dos altifalantes, como foi antecipado, as Cremona M beneficiam muito das tecnologia utilizadas no projecto das Elipsa; com ele, de facto, partilha as escolhas efectuadas quantos aos altifalantes utilizados para a reprodução das médias e altas frequências. Também para as Cremona M o coração do sistema é representado pela gama média, que a Sonus faber desenvolveu em conjunto com a dinamarquesa Scan-Speak, um componente exclusivo munido de um cone particularíssimo obtido com uma pasta de fibra de madeira e celulose e capaz de uma reprodução sonora caracterizada por uma extraordinária naturalidade. O tweeter é o mesmo altifalante robusto utilizado nas Elipsa, um altifalante capaz de dar à reprodução grande fluidez e detalhe sem, todavia, jamais resultar cansativo.
O processo do projecto segue a via mestra traçada pela Sonus faber desde o início: infinitas e infatigáveis secções de audição oportunamente corroboradas por instrumentos de verificação precisos, aspecto este que temos implementado com um cuidado cada vez maior mas tendo todavia sempre presente em mente o princípio de que são, e serão sempre, um meio e não o fim em si. As medições, na realidade, permitem-nos visualizar e analisar o que o nosso ouvido percebe, mas é sempre e só a percepção e a intrínseca capacidade da música para emocionar, de entrar no nosso coração, a guiar as nossas escolhas.
Todos estes cuidados fazem com que as Cremona M resultem numa coluna que melhora a sua antecessora em cada parâmetro significativo para a reprodução musical: as baixas frequências adquiriram uma grande velocidade e controlo sem nada perder em extensão; os médios tornaram-se extremamente naturais e transparentes e as altas frequências tornaram-se mais fluidas e detalhadas; mesmo o aspecto timbrico consegue um notável grau de equilíbrio. Daqui deriva assim um som dotado de um grande realismo, capacidade de análise e introspecção, mas o todo temperado com uma grande espontaneidade e daquela quase imperceptível veia de calor que desde sempre caracterizou o timbre da Sonus faber. Um som com uma surpreendente personalidade.